Blog mantido pelo professor Fábio Andrade para a disciplina de Introdução aos Estudos Literários do curso de Letras da UFRPE

terça-feira, 13 de abril de 2010

Debate sobre o papel da crítica literária

Caros alunos,
começou hoje o projeto laboratório, organizado por jovens críticos e poetas da atual cena literária de Pernambuco. Dêem uma olhada, vale a pena.

outra dica: já está no ar o site da Revista Crispim de Crítica e Criação Literária
www.revistacrispim.com.br

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Poema de Fernando Pessoa

Eis o poema Autopsicografia do Pessoa abaixo, para nos ajudar a pensar a noção da "ficcionalidade" própria do discurso literário, seja ele em verso ou em prosa. Comentem.

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

27/11/1930

terça-feira, 30 de março de 2010

Pequenos Poemas em Prosa (Charles Baudelaire)


Charles Baudelaire é considerado o pai da noção de modernidade em Literatura. Foi um dos maiores poetas da literatura francesa, tendo sido grande influência, na segunda metade do século XIX, para poetas ocidentais e presença marcante na poesia brasileira de então. Seu livro "As Flores do Mal" (publicado em 1857), apresenta os traços característicos e revolucionários de sua poética subversiva, questionadora e iluminada. Pequenos Poemas em Prosa, na verdade obra inconclusa, tendo recebido esse título de seus editores, cobrem os últimos dez anos de vida do poeta e foram publicados em revistas literárias e periódicos da época, justamente a partir de 1857. Os Pequenos Poemas... representam uma abolição das fronteiras que dividem a poesia da prosa, anunciando uma sensibilidade literária que estava muito além da época em que viveu o próprio Baudelaire.

Mensagem (Fernando Pessoa)



Fernando Pessoa foi o maior poeta português do séc. XX. Sua rica obra e singular voz poética materializaram muito da sensibilidade moderna através de seus heterônimos. O próprio Fernando Pessoa, que assina inclusive o texto "Mensagem", é apenas mais uma das personasque compõem esse intrigante perfil poético. Mensagem foi escrito entre os anos 20 e 30 do século XX, e uma das poucas coisas de Pessoa publicada enquanto ele ainda era vivo. Mais do que uma obra nacionalista (sem dúvida, esse nacionalismo é um dos traços de sua obra, embora longe de ser o tom dominante), Mensagem estabelece uma conexão entre passado, presente e futuro, expressando também a idéia de que não há renovação, mesmo na arte, sem tradição, sem passado.

Cartas a um Jovem Poeta (Rainer Maria Rilke)




As cartas foram escritas por Rilke para Kappus, entre 1903 e 1908, apresentando alguns pontos de vista do poeta sobre as inquietações do então jovem Kappus. Foram publicada por Kappus, em 1929, três anos após a morte de Rilke (1926). Os comentários de Rilke não tratam apenas de "questões literárias", mas revelam uma interessante e pessoal ótica sobre a vida e de como a figura do poeta, no entender de Rilke, deveria se relacionar com o mundo em volta.

conheçam um pouco mais sobre a vida de Rilke: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rainer_Maria_Rilke

Prof. Fábio Andrade

segunda-feira, 15 de março de 2010

lista dos livros para cada aluno

Nome

Poesia

Teatro

Narrativa

Ana Clara

Pequenos poemas em prosa

Medéia

Werther

Amanda

Cartas a um jovem poeta

Hamlet

O homem duplicado

Artur

Mensagem

Hamlet

A Metamorfose

Andréia

Cartas a um jovem poeta

Hamlet

O homem duplicado

Daniela

Mensagem

Édipo Rei

A Metamorfose

Daniele

Cartas a u jovem poeta

Hamlet

Werther

Edimar

Cartas a um jovem poeta

Édipo Rei

O homem duplicado

Emanuele

Mensagem

Medéia

O homem duplicado

Gibson

Mensagem

Hamlet

O homem duplicado

George

Mensagem

Édipo Rei

Werther

Hilton

Mensagem

Hamlet

Werther

Ícaro

Mensagem

Hamlet

A Metamorfose

José Antônio

Mensagem

Medéia

O homem duplicado

Jorge

Pequenos poemas em prosa

Édipo Rei

O homem duplicado

José Jaime

Cartas a um jovem poeta

Hamlet

O homem duplicado

Jucelino

Mensagem

Hamlet

O homem duplicado

Julio

Mensagem

Hamlet

O homem duplicado

Natália

Pequenos poemas em prosa

Édipo Rei

Werther

Nadja

Pequenos poemas em prosa

Medéia

Werther

Patrícia

Pequenos poemas em prosa

Medéia

A Metamorfose

Priscila

Pequen os poemas em prosa

Édipo Rei

Werther

Rafael

Pequenos poemas em prosa

Medéia

Werther

Renata

Cartas a um jovem poeta

Hamlet

O homem duplicado

Wagner

Pequenos poemas em prosa

Édipo Rei

A Metamorfose

Rebeca

Mensagem

Medéia

Werther

Wellington

Pequenos poemas em prosa

Édipo Rei

A Metamorfose

quinta-feira, 11 de março de 2010

Os objetos

Os objetos
permanecem claros.

Habita a moldura
uma mulher de faces
cor-de-rosa.

Sobre a mesa de mármore
um cavaleiro de procelana
saúda as visitas.

A caneta ainda escreve
com a mesma tinta
de um azul levemente melancólico.

Na gaveta, dormindo
sob cartas e poemas,
o revólver aguarda.

Ruy Espinheira Filho