Blog mantido pelo professor Fábio Andrade para a disciplina de Introdução aos Estudos Literários do curso de Letras da UFRPE

terça-feira, 30 de março de 2010

Cartas a um Jovem Poeta (Rainer Maria Rilke)




As cartas foram escritas por Rilke para Kappus, entre 1903 e 1908, apresentando alguns pontos de vista do poeta sobre as inquietações do então jovem Kappus. Foram publicada por Kappus, em 1929, três anos após a morte de Rilke (1926). Os comentários de Rilke não tratam apenas de "questões literárias", mas revelam uma interessante e pessoal ótica sobre a vida e de como a figura do poeta, no entender de Rilke, deveria se relacionar com o mundo em volta.

conheçam um pouco mais sobre a vida de Rilke: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rainer_Maria_Rilke

Prof. Fábio Andrade

17 comentários:

  1. UFRPE - 1° PERÍODO - LETRAS
    Aluno: Remo W. G. de Oliveira

    Terça- feira, 30 de março de 2010

    Folheando, novamente, as primeiras folhas deste livro de Rainer Maria Rilke, pude compreender, primeiramente, alguns aspectos que fazem deste escritor um dos mais importantes do século 20, sendo lembrado até os dias atuais. Entre eles, destaco sua simplicidade ao escrever e a grandiosidade do seu pensamento, inspirando escritores do mundo inteiro, inclusive no Brasil.
    Nas duas primeiras cartas enviadas ao jovem Franz, Rilke ressalta a irrelevância da crítica quando lançada sobre obras de arte e, logo após, tenta alertá-lo sobre a necessidade de escrever. Kappus é aconselhado a mergulhar em si mesmo e procurar, na solidão, a razão da sua arte. São citadas como fontes de inspiração, suas muitas recordações, o ócio diário e seus mais diversos sentimentos, tendo em vista a criação de uma arte genuína e, sendo assim, imune a críticas.
    Na segunda carta enviada ao aspirante a escritor, Rainer é breve. Aconselha-o a tomar cuidado com o uso da ironia e a ler obras de um poeta chamado J. P. Jacobsen. Tentei, rapidamente, encontrar em pdf uma obra deste escritor de quem Rilke fala com tanto entusiasmo, e não tive sucesso. Ainda não desisti.

    Continua...

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  10. Geenntee UASOHDOASUIDHUASHDOUAHDUAH
    Nao tava postando e qnd foi, foi todas as vezes que eu tentei UASODHUASHDOUSAD

    sorry -rs

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  11. Para uma pessoa como eu que nunca havia lido um livro de poesias ou sobre elas,o livro de Rilke acabou se mostrando algo novo,mas realmente agradavél de uma forma que o tempo passa sem que se perceba.Falando sobre sua obra "Cartas a um jovem poeta" a parte que mais me chamou atenção foi a frase:"Viver e escrever no cio" da carta destinada ao jovem aspirante a poeta Franz Kappus em 23 de Abril de 1903.É interessante a maneira como o autor compara a criação de um poema com o sexo,algo tão natural ao homem que traz em sua essência um turbilhão de emoções diversas,tal qual seria o sentimento de um escritor ao redigir um poema.Ele sentesse de alma completa ao fim de seu trabalho,tendo ele saido como foi imaginado inicialmente ou sofrido variás modificações ao longo de sua jornada.

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  12. Bom, este livro descreve de forma muito surpreendente todo o processo de criação e necessidades para êxito na empreitada, mesmo que Rilke tenha - previamente - desmistificado todas as chances de possíveis auxílios por julgamentos diretos da composição ao ansioso Franz Xaver Kapus.

    Foi, a partir daí, que pude notar a real intenção de Rilke ao escrever as primeiras cartas: ele queria aguçar o escritor iniciante, a fim de que perceba que o mais importante - ao menos no início de tudo - é voltar-se para si mesmo, pois apostar todas as suas fichas em opiniões alheias é, de fato, uma alternativa prematura e, em alguns casos, cruel.
    A competência e maturidade tão retomadas pelo autor me fez lembrar muito das aulas, das noções de FORMA, principalmente quando Rilke, na primeira correspondência, aconselha-o a não escrever poemas de amor; lembrei-me, portanto, da discussão de que o poeta não precisaria sentir tudo daquilo, e sim ter uma motivação para mostrar um sentimento comum a todos, contudo de forma distinta, marcante e brilhante.
    Penso também que aquela técnica inicial de provocar o Kappus, para ver se a criação poética era realmente uma necessidade para ele, foi uma estratégia brilhante, fazendo com que o iniciante, apesar de duvidar de sua competência, se sinta capaz de fazê-la, por ser aquilo o que ele melhor faz. Nota-se o avanço implícito, pelos comentários e o aumento do nível das indicações de autores por Rilke.
    Dois pontos fundamentais que gostaria de destacar, até este momento da leitura, é quando Rilke aborda a forma perigosa que deve ser tratada a ironia pelo poeta. Ele abre um leque de opções, oferencendo formas de fugir, mas ainda - caso seja algo inato - formas de trabalhar conscientemente com esta figura. Em outra parte da mesma resposta a Kappus, o autor começa a indicar uma série de obras importantes; outra pista para que o inicante comece a enxergar as metáforas, os sentimentos e, até a vontade de fazer arte e, assim, pode exercer sua criticidade artística individual e amadurecer suas obras e personalidade poética.
    A partir daí, o próprio Rainer Maria Rilke nota que está repassando, no tempo certo, as informações para o seu correspondente. Ao observar o êxito, ele continua indicando, mas surpreende a todos com o alerta de que Kappus precisa ter paciência e não querer ultrapassar os limites do tempo, para alcançar uma falsa maturidade, além de aconselhá-lo novamente a tomar cuidado com a criticidade prematura, pois o reconhecimento do seu valor era primordial pra que suas obras avançassem por si só.

    Foi isso. ;D

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  13. Desculpe-me pela postagem atrasada e espero tê-la feito dentro do prazo de tolerância. Antes de iniciar o diário, gostaria de informar que mudei opção de leitura de “Pequenos Poemas em Prosa” para “Cartas a um jovem poeta”, de Rilke, por não ter conseguido uma edição da primeira obra. Esta troca tem se mostrado satisfatória e, a cada página, surpreende-me o estilo do autor, tanto no relativo à forma quanto à substância das respostas, por ele escritas, às cartas do aspirante a poeta Franz Kappus. Minhas interpretações sobre a obra seguem abaixo.

    A edição que leio de “Cartas a um jovem Poeta” é bastante explicativa e, mesmo antes de iniciar a obra de fato, sei que o conteúdo traz respostas do celebre poeta Rainer Maria Rilke a cartas com os questionamentos literários do, digamos, “aprendiz do ofício”, Franz Kappus. E o que descubro ao ler a primeira delas é que não se tratam de apenas cartas em resposta ao interlocutor, mas sim de um material que, mesmo despretensiosamente, cumpre uma missão literária.

    Rilke dá dimensões poética à correspondência, propondo maior aproximação dos textos com a arte. Desta forma, eles ganham, a meu ver, uma característica presente nos produtos concebidos com intenção artística – a capacidade de propor múltiplas leituras. Assim, sinto, ao ler a primeira resposta de Rilke, que as cartas com reflexões sobre um “fazer literário” (que nos fazem lembrar dos autores românticos, citados na sala de aula) não são endereçadas somente a Kappus. Interpretações e inferências sobre seu conteúdo são possíveis a todo aquele que se propor a lê-las, mesmo quando não observando os argumentos pela ática literária.

    Na primeira correspondência trocada entre os dois, estimulado por Kappus, Rilke levanta a questão da crítica externa (recusando-se, inclusive, a executá-la em relação aos poemas enviados) e do apego dos novos poetas aos padrões por ela estipulados. A proposta feita ao jovem segue o viés contrário: o da literatura como o fenômeno que parte de dentro do homem para fora dele e o da autocrítica. Esse pensar sobre a pulsão poética levaria Kappus a compreender a própria produção e desconsiderar a crítica externa.

    O que concluo, através do texto, é que Rilke vê a literatura como reflexo das experiências dos homens, possuidores de um impulso poético é latente, sendo este configurado quase como uma necessidade vital. Fatores como sonhos, ambiente, imagens, lembranças e sinceridade comporiam as criações.

    Parte 2 - abaixo

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  14. “Cartas a um jovem Poeta” não parece ser um manual sobre a arte de escrever, mas ainda assim acaba cumprindo essa função. E, ao que me parece, a segunda carta em resposta a Kappus é a que estilisticamente mais se assemelha a isso. Obras são recomendadas ao jovem iniciante, que também advertido sobre o uso gratuito e sem espontaneidade da ironia.

    Desde o início, o autor de “Os cadernos de Malte Laurids Bigge”, põe-se contrário à crítica externa e, no entanto, sente-se agora livre a exercitá-la em relação ao material de Kappus. É uma impressão que tenho. Na verdade, ele diz que “Obras de arte são de uma solidão infinita e nada passa tão longe de alcançá-las quanto a crítica”, p.35. Para mim, nesta primeira leitura, sugerir menos ironia em um texto é se posicionar criticamente.

    Nota-se, na terceira carta, que uma parte do esforço de Rilke é direcionada para diminuir certa “puerilidade” nas atitudes poéticas se seu interlocutor. Continuando a reflexão sobre a atividade da escrita, ele coloca a literatura como um processo em que pesam o amadurecimento, o tempo, a paciência e o aprendizado, constituído pelas pequenas coisas, a que, muitas vezes, não se atribui valor.

    A última carta que li, a quarta, é a que tem mais referentes dessa situação comunicativa, por ter cunho mais pessoal. Rilke fala mais do que lhe acontece, descreve paisagens que vê e o impacto delas sobre sua vida e, além disso, comenta as notícias recebidas de Kappus. Das que li, foi a que mais gostei - creio que pelo fato de as reflexões me serem mais familiares. Gostaria de destacar uma delas. “Não investigue agora as respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vivê-las. É disso que se trata, de viver tudo. Viva agora as perguntas”, p. 43

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  15. Como outro colega comentou aqui, eu também não sou muito fã de obras poéticas, porém esse livro de Rainer Maria Rilke nos tráz dez cartas, em prosa, em que o autor se comunica com Franz Xaver Kapus, trazendo várias opiniões acerca de como escrever.
    Me chama atenção, logo na primeira carta, o comentário de Rilke sobre críticas, quando eles diz que elas não passam de mal-entendidos mais ou menos afortunados, e sugere que Kapus escreva de forma mais subjetiva, olhando pra si, em primeiro lugar, e de acordo com suas necessidades. Essa observação realmente me fez pensar sobre o quão instrínseco ele sugere que o autor seja ao escrever poemas. Contudo, usando as palavras de Kapus, quando fala alguém grandioso e único, os pequenos tem de se calar.

    Amanda

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  16. Sei que estou fora do prazo para postar algo no blog, mas antes tarde do que nunca...

    22/03/2010

    Um diário. Temos que fazer um Diário de Leituras... mas como começar um diário para quem nunca teve um diário? E muito menos o hábito de escrever sobre o que leu? Vai ser difícil, mas tentarei.

    Bem, comecei a ler “Cartas a um Jovem Poeta” de Rainer Maria Rilke, que escolhi entre as três opções, por ser não um livro de poesias tradicionais, e sim cartas. Pois confesso como já disse em sala de aula, não sou um leitor de poesias, acho que nem sei ler poesia direito, acho que tem que se ter o dom para lê-las. E esse dom, com certeza eu não tenho.

    Ainda estou no começo do livro mas, fica claro que as cartas de Rainer Maria Rilke para o jovem Franz Xaver Kappus são conselhos de uma inspiração e também uma apologia ao culto da solidão. Ele aconselha o jovem poeta a se isolar, ser solitário, procurar essa sensação de estar só incessantemente. Bons poetas necessariamente têm que ser solitários e tristes? O que Rainer Maria Rilke tenta passar a meu ver, é que sim.

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